O carbono orgânico total (COT) tem uma grande importância na agricultura e pela sua quantidade podemos determinar a qualidade do solo.
Nesse texto você vai entender o porquê disso.
O que é o carbono orgânico e como ele é adicionado ao solo?
O carbono (C) é um elemento químico, sendo encontrado no solo, no ar, nas plantas, no gás natural, nos seres vivos, nas rochas, no carvão mineral, no petróleo etc. Os estômatos presentes nas folhas dos vegetais absorvem e eliminam, por difusão, o carbono na forma de gás carbônico (CO2).
Em média, a matéria orgânica do solo (MOS) contém 58% de carbono, sendo o maior reservatório de carbono da superfície terrestre. Portanto, pelo teor de carbono orgânico encontrado no solo, é possível ter uma estimativa do teor de matéria orgânica presente no solo.
Os vegetais são os principais responsáveis pela adição ao solo de compostos orgânicos primários (os quais têm como matéria-prima o gás carbônico) sintetizados no processo de fotossíntese, que dependendo da quantidade de resíduos depositados resulta em aumento no teor de carbono orgânico do solo.
Além disso, a concentração de carbono orgânico total no solo está fortemente relacionada com seu manejo. Práticas conservacionistas como o plantio direto e rotação de cultura, são manejos que influenciam de forma positiva no aumento e recuperação da matéria orgânica do solo e consequentemente no acúmulo de carbono orgânico, pois são práticas que conservam ao máximo as características físicas, químicas e biológicas do solo sem revolvimento intenso e mantendo a cobertura da superfície.
Os constantes revolvimentos e o manejo inadequado ocasionam uma queda deste depósito e aumentam as emissões de gás carbônico, causando impacto no meio ambiente pela liberação de gases de efeito estufa. A degradação do solo influi diretamente no teor de nitrogênio (N), pois o carbono orgânico é a principal fonte deste nutriente.
Para que serve o carbono orgânico no solo?
A matéria orgânica do solo é a principal fonte de energia para os microrganismos e de nutrientes para as plantas. Eles utilizam o nitrogênio como energia e o carbono vindo dos restos vegetais para formarem tecidos de sua própria composição. Os microrganismos necessitam de carbono como fonte de energia, de esqueletos carbônicos para sintetizar biomoléculas diversas e de nitrogênio para sintetizar proteínas.
A atividade desses microrganismos é muito importante para o sistema solo-planta, como por exemplo, o aproveitamento do nitrogênio orgânico pelas plantas, que é possível por meio da mineralização da matéria orgânica do solo feita por estes.
A biomassa microbiana do solo é composta de bactérias, fungos, actinomicetos e protozoários: eles formam uma fração da matéria orgânica do solo, constituindo, apenas, 2 a 5% do carbono orgânico total do solo. A relação carbono microbiano (Cmicrob) e carbono orgânico (Corgan) é um indicativo da qualidade da matéria orgânica.
Outra importância é que o carbono orgânico do solo é um dos elementos responsáveis pela estabilização dos agregados, em especial, para os agregados de maior diâmetro, contribuindo assim para uma melhor porosidade e estruturação do solo.
A adição de fertilizante feito à base de substâncias húmicas pode contribuir para o aumento de COT no solo?
Sim! O fertilizante organomineral Solohumics possui 45% de carbono orgânico total em sua composição, sendo um de seus diferenciais por ser uma porcentagem alta. O carbono orgânico presente nas substâncias húmicas, age como agente cimentante na formação dos agregados do solo, sendo esse um dos principais fatores na formação e estabilização dos agregados dentro dos ciclos de umedecimento e secagem do solo.
Os ácidos húmicos possuem uma média de 55% de carbono em sua composição e os ácidos fúlvicos possuem uma média de 45%. Quanto menor o tamanho da partícula, maior a quantidade de carbono presente.
A aplicação de compostos orgânicos constitui uma forma efetiva de reciclagem de nutrientes e retorno de carbono ao solo, favorecendo a multiplicação e atividade dos microrganismos.
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